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terça-feira, 9 de abril de 2013

SÃO PAULO - A presidente Dilma Rousseff elogiou, nesta quarta-feira (13), o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), chamando-o de "parceiro" em entrevista a rádios da Organização Arnon de Mello, de Alagoas, controlada pelo ex-presidente da República. "O senador Fernando Collor tem sido um parceiro nosso, na medida em que participa de todas as decisões das quais precisamos da participação do Legislativo", disse a presidente. Ao citar os investimentos de R$ 5,1 bilhões em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Alagoas, a presidente elogiou ainda o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e citou o outro senador daquele estado, Benedito de Lira (PP). Até mesmo o governador tucano Teotônio Vilela Filho foi citado pela presidente, pela ação conjunta entre os governos federal e estadual no combate à violência em Alagoas. "O governador Teotônio se tornou um parceiro no nosso Programa Brasil mais Seguro. Articulamos para combater a criminalidade e aprimorar a ação dos órgãos de segurança", disse. "A taxa de homicídio diminuiu 14% em Alagoas e em Maceió, 21%. Vamos continuar a parceria com o governador", concluiu a presidente.


Na última quarta-feira (14), no encontro dos governadores de Estado com os presidentes da Câmara Federal e do Senado, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL), respectivamente, o governador Eduardo Campos (PSB) conseguiu, mais uma vez, se destacar perante seus colegas com a proposta de construir soluções consensuais para questões polêmicas, como, por exemplo, a partilha dos royalties. O socialista, ao defender equações que evitem deixar completos insatisfeitos, assumiu uma espécie de mediação entre esses gestores, ganhando, assim, a oportunidade de falar em nome do grupo.
E foi justamente isso que ocorreu. Logo que acabou o evento, a grande mídia nacional buscou em Eduardo a representação dos governadores. Como ele não é bobo, soube se colocar como um porta-voz não oficial. Não falando como um eleito pelo grupo, mas como alguém que defende o melhor resultado coletivo. O tal equilíbrio. Diferente das declarações dos governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que apareceram apenas como cães de guarda de seus territórios.
O discurso apresentado por Campos, claro, agradou aos governadores. A maioria dos chefes de Executivos estão insatisfeitos com a concentração de renda na União e questionam a permanência do atual modelo de distribuição de recursos. A pauta da reestruturação do Fundo de Participação dos Estados (FPE) agrada e soa como a primeira revisão do pacto federativo. Proposta que nasceu com o senador Aécio Neves (PSDB), mas que encontrou no governador de Pernambuco quem a “criasse” de verdade.
Eduardo vai aproveitando os diferentes fóruns que participa para expor as saídas que enxerga para o País. Tirando a presidente Dilma Rousseff, já lançada pelo PT, é o pré-candidato que emplaca mais ações dignas de pré-candidato. E com a vantagem de dizer que não o é. Por enquanto, claro. Ele vai cumprindo uma agenda cirúrgica, que, ao seu final, deverá determinar com que condições o socialista chega em 2014.

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